Atraso no desenvolvimento neuropsicomotor: sintomas e tratamento

Quando a criança apresenta dificuldades ao desenvolver habilidades consideradas comuns e parte do seu crescimento, demonstrando um retardo incomum para a sua faixa etária, podemos estar diante de um caso de atraso no desenvolvimento neuropsicomotor. Essa condição clínica pode ser o resultado de doenças genéticas, adquiridas ou também ser de caráter transitório. Em todos os casos, o olhar atento dos pais é essencial para o acompanhamento ser iniciado o quanto antes, encaminhando o pequeno para o especialista da área, que realiza o diagnóstico adequado da situação. Para que os pais e familiares possam se atentar aos sinais, é importante que conheçam do que se trata essa condição clínica e o que pode ser um sintoma: e é por isso que, mais uma vez, a equipe de especialistas da Let’s Clínica traz um conteúdo super importante! Confira nosso guia completo aqui, sobre o atraso no desenvolvimento neuropsicomotor, quais os principais indícios, e opções de tratamento. Acompanhe até o final e boa leitura! Foto: Shutterstock

O que é atraso no desenvolvimento neuropsicomotor?

O atraso no desenvolvimento neuropsicomotor é considerado um transtorno infantil, e é caracterizado, essencialmente, pelas dificuldades que a criança encontra de desenvolver habilidades que seriam comuns para a idade dela nessa fase de crescimento. Logo, o que significa ter atraso do desenvolvimento é não conseguir adquirir capacidades cognitivas básicas, motoras e de comunicação além de ter dificuldades para socialização. Na classificação CID, o atraso no desenvolvimento neuropsicomotor recebe o código CID 10 562.

Quando considerar atraso no desenvolvimento? Quais os principais sinais e sintomas?

Saber quando é considerado um caso de atraso no desenvolvimento neuropsicomotor é uma tarefa que demanda atenção e observação, principalmente da parte dos pais, que acompanham a rotina e o crescimento da criança e devem encaminhar ao médico se notarem algo que parece incomum. Mas quais são os sintomas principais dessa condição infantil e quando saber que é a hora de procurar um especialista? Confira abaixo alguns dos sinais de alerta desse quadro: Entre 0-3 meses:

• não observa o movimento dos objetos;
• não reage a sons altos, não faz contato visual e não faz sorriso social.

Entre 4-6 meses:

• não senta sem apoio ou se mantém sentado com apoio dos braços, não brinca os pés;
• não interage ou interage pouco com o ambiente, não responde a sons, não se interessa por brinquedos.

Entre 7-9 meses:

• não responde ao próprio nome;
• não se importa em ficar sozinho;
• se interessa mais por objetos que pessoas;
• não busca levantar-se e apoiar-se nos móveis ou brinquedos.

Entre 10-12 meses

• não explora brinquedos;
• não explora o ambiente;
• não sustenta o contato visual;
• tem apego a um objeto específico;
• não faz ainda movimento de pinça.

Entre 13-18 meses

• não fala;
• não aponta;
• não dá função aos utensílios; 
• não brinca ou brinca sozinho; 
• não consegue andar sozinho até os 15 meses.

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Causas: o que pode causar atraso no desenvolvimento neuropsicomotor?

Como citamos, esse atraso no desenvolvimento da criança pode ser genético, congênito, além de ocorrências de causas ambientais ou adquiridas. A hipotonia é um dos sintomas que afetam o desenvolvimento infantil e contribuem para esse quadro clínico, já que a criança sofre com o fato de receber e buscar menos estímulos do ambiente, dificultando ainda mais a aquisição das capacidades e habilidades motoras para o seu desenvolvimento saudável.  Foto: Shutterstock

Doenças genéticas e fatores de risco que podem causar o atraso neuropsicomotor

São algumas das doenças genéticas que apresentam atraso:

• Síndrome de Down;
• Síndrome de Angelman;
• Síndrome de Prader-Willi;
• Síndrome de Phelan-McDermid;
• Síndrome do Cromossomo X Frágil.

Ainda, existem alguns fatores de risco que podem contribuir para que o bebê adquira tenha atraso no desenvolvimento. São os casos de bebês prematuros, anóxia neonatal (falta de oxigênio ao nascer), e períodos de gravidez considerados arriscados, como nutrição materna inadequada e impactos psicológicos e físicos bem como os bebês e crianças pouco estimulados

Como diferenciar Transtorno do Espectro do Autismo de atraso no desenvolvimento?

Alguns dos sintomas do atraso no desenvolvimento neuropsicomotor podem ser bem similares aos que os pais conhecem como indícios de TEA – e saber distingui-los é essencial para um diagnóstico correto. O Transtorno do Espectro do Autismo, de acordo com o DSM-5, é caracterizado por dificuldades de comunicação (como atraso na fala), dificuldades na interação social e comportamentos repetitivos e restritos.  Os sintomas podem ser percebidos antes mesmo da criança completar 2 anos – inclusive, o atraso motor acomete cerca de 83% das crianças com TEA. A verdade é que o atraso no desenvolvimento é um dos critérios de diagnóstico de TEA, mas pode ser  apenas alguma dificuldade da criança de desenvolver habilidades de acordo com o que é esperado dentro do desenvolvimento típico. Logo, apenas por meio da análise do especialista é que os pais podem receber melhores orientações.

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Diagnóstico: como avaliar atraso no desenvolvimento neuropsicomotor infantil?

Na maioria dos casos, a preocupação dos pais é com atrasos no desenvolvimento que podem acometer qualquer criança – mas que não são considerados graves, apenas parte do processo de desenvolvimento saudável do pequeno. Porém, atrasos que sejam contínuos ou habilidades que demoram muito para se desenvolver devem ser investigados. A família deve procurar um especialista que vai analisar os relatos, acompanhar os hábitos da criança, e dar um diagnóstico seguido dos primeiros passos de um tratamento adequado.

Existe tratamento para atraso no desenvolvimento neuropsicomotor?

Existem sim! É importante identificar as causas do atraso do desenvolvimento, planejar o tratamento adequado para cada condição clínica e assim minimizar os impactos que os atrasos podem causar para a criança.  A  cura para essa condição clínica depende do quadro da criança: casos de atraso por prematuridade costumam ter cura. No entanto, os programas de atendimento especializados nesse transtorno infantil e a atuação multiprofissional proporcionam a atenuação dos sintomas, ajudando os portadores a terem uma vida mais saudável, com autonomia e segurança. Foto: Shutterstock

O papel da família e da escola: como estimular desenvolvimento neuropsicomotor e proporcionar socialização?

Para que a criança possa desenvolver seu tratamento e viver a sua rotina com muito mais qualidade de vida, o acompanhamento do desenvolvimento neuropsicomotor deve estar em paralelo com a família e medidas pedagógicas. Na escola, a criança deve receber a estrutura necessária para socializar e desenvolver suas habilidades de maneira natural e segura. Ainda, no ambiente domiciliar, os pais podem estimular seus filhos através das orientações dos profissionais e devem estar sempre atentos para sinais de evolução, pois serão os principais observadores e seus relatos são essenciais para o planejamento do tratamento  da criança.

Tratamento eficaz e humanizado: conheça os diferenciais da Let’s Clínica

Destacamos ao longo deste artigo o quanto é fundamental identificar sinais de atraso no desenvolvimento neuropsicomotor logo no início do desenvolvimento da criança, para aumentar as chances de sucesso de tratamento e melhora na qualidade de vida. Nós da Let’s Clínica levamos a sério a importância de um tratamento personalizado e individualizado, utilizando técnicas reconhecidas e eficazes que ajudam a contribuir para a autonomia e independência de crianças com TEA e demais quadros de desenvolvimento. A gente cuida do seu pequeno para que ele possa se desenvolver com qualidade de vida e muito amor: venha conhecer a Let’s Clínica e saber como podemos ajudar a sua família.

Conclusão

O atraso no desenvolvimento neuropsicomotor é um transtorno infantil com tratamentos eficazes, que devem ser implementados na rotina da criança logo nos primeiros sinais. É essencial o diagnóstico precoce, bem como o acompanhamento dos pais e professores, promovendo um ambiente multidisciplinar que ajude a criança a se desenvolver com autonomia. Para mais dicas e informações úteis, acesse o blog da Let’s Clínica.