Afetando cerca de 2 a 3% da população global, a escoliose idiopática da adolescência é uma condição clínica que causa desconforto e problemas posturais.
Os jovens que sofrem dessa patologia são muitas vezes assintomáticos e a progressão da curvatura geralmente ocorre durante a puberdade.
Quando o adolescente apresenta dores, os pais podem notar que a curvatura das costas, muitas vezes, tem aspecto incomum quando comparado com outros adolescentes, tratando-se de um grau mais avançado da escoliose.
A escoliose idiopática da adolescência impacta diretamente a qualidade de vida do jovem — mas isso não quer dizer que seja uma condição sem tratamento!
A sua equipe especialista em fisioterapia infantil, a Let’s Clínica, preparou um conteúdo especial sobre esse tema, para apresentar a você as melhores opções para tratar essa condição!
Acompanhe o artigo abaixo para saber mais sobre a escoliose idiopática juvenil, principais informações sobre o assunto, e tirar todas as suas dúvidas.
Boa leitura!
O que é a escoliose idiopática da adolescência?
É considerada escoliose idiopática do adolescente a deformidade tridimensional da coluna, que afeta a postura do jovem e causa dor nas costas em adolescentes de idade entre 10 a 17 anos, geralmente desenvolvida no início da puberdade.
Entenda os tipos de escoliose idiopática na adolescência
Dentro da categoria escoliose, em estudos e classificações, a condição pode ser dividida em:
- congênita;
- idiopática;
- neuromuscular.
Nesse artigo, estamos apresentando as principais informações sobre a escoliose idiopática, bem como a forma como ela afeta adolescentes.
Entre as idades infantil e adolescente, existe a escoliose idiopática infantil, uma espécie de subdivisão desse quadro clínico, que afeta crianças entre 3 e 10 anos de idade, bem antes da pré-adolescência.
Também é um tipo de escoliose idiopática menos comum, apesar de ter casos consideráveis.
No entanto, falando acerca da escoliose idiopática da adolescência, o quadro costuma se desenvolver, principalmente, porque seu diagnóstico acontece bem mais tarde: entre 10 e 18 anos.
Assim, os pais acabam observando depois de um certo tempo os sinais dados pelo corpo, como as alterações posturais visíveis, e as dores nas costas que são relatadas pelo adolescente.
Nesses casos, a curvatura da coluna fica comprometida até o tratamento, e que pode progredir durante o período do crescimento, mas costuma estabilizar após o término do desenvolvimento esquelético do jovem.
Ainda, a escoliose idiopática da adolescência é mais comum em meninas do que meninos.
Ao identificar essa alteração postural, geralmente acompanhada da busca por um tratamento para dor nas costas em adolescentes, os pais costumam se precipitar em diagnósticos, o que é um erro quando não é feito com o auxílio de um profissional.
Sinais e sintomas
Dores nas costas não são, necessariamente, os únicos sintomas que podem acender um alerta aos pais, suspeitando de um quadro de escoliose.
Na maioria das vezes, o físico do adolescente já apresenta alguns sinais de que a anatomia do jovem não se iguala aos demais da sua idade, com características como:
- cabeça não centrada;
- irregularidade da cintura;
- tórax deslocado para um dos lados;
- roupas que ficam com caimento irregular;
- ombro ou quadril mais alto do que o outro;
- uma escápula que fica mais perceptível que a outra.
A importância da fisioterapia no tratamento da escoliose idiopática
Muitas vezes, um diagnóstico errado, seguido de um tratamento mal-direcionado do quadro, pode trazer riscos severos à saúde do paciente com escoliose idiopática.
Nesse âmbito, fisioterapeutas com estudos especializados em escoliose no adolescente se tornam os profissionais ideais para acompanhar esse tipo de quadro, com a expertise necessária para guiar uma intervenção clínica.
Deste modo, a ajuda com práticas que vão ajudar a trabalhar a postura do jovem, promove mais autonomia e garante maior qualidade de vida ao paciente.
Afinal, como tratar a escoliose idiopática?
O tratamento da escoliose idiopática da adolescência depende, inicialmente, da consulta ao especialista, logo nos primeiros sinais da condição.
Isso porque, em alguns casos, apenas a observação da postura vai indicar que há algo de errado no desenvolvimento da estrutura esquelética — muitos jovens não sentem dores nos momentos iniciais.
No entanto, a progressão da curvatura da coluna dessa forma pode se tornar extremamente grave e causar problemas sérios de saúde.
Existem algumas opções de tratamento para a escoliose idiopática; o melhor direcionamento vai ser dado pela equipe multiprofissional depois de uma análise da situação do paciente, levando em consideração fatores como a idade, crescimento, e grau da curvatura.
1. Uso de colete ortopédico
Indicado em casos de curvatura com graus entre 25 e 50, o uso de coletes específicos é adotado para direcionar a coluna ao crescimento adequado, além dos exercícios específicos para escoliose.
Fica comprovado cientificamente que o uso desse recurso, aliado a exercícios indicados pelo fisioterapeuta após análise do quadro, trazem retornos muito favoráveis durante o tratamento de escoliose idiopática da adolescência.
Esse item deve ser usado por quase o dia todo, sendo retirado apenas para higiene pessoal, e o intuito com esse tipo de tratamento é evitar ou postergar a cirurgia.
2. Fisioterapia e exercícios
Para casos considerados com curvaturas de 10 a 24 graus , a indicação mais comum são acompanhamentos de fisioterapia e exercícios específicos para escoliose.
Geralmente, essa opção de tratamento abrange curvaturas inferiores a 25 graus, e podem estar acompanhadas, também, de monitoramento periódico do desenvolvimento da doença.
3. Tratamento cirúrgico
Em curvaturas maiores de 45 e 50 graus, a intervenção cirúrgica é a opção mais adequada, apesar de ser muito invasiva.
Aqui, a preparação do adolescente com essa condição é bem detalhada e cautelosa, e a intenção da cirurgia é eliminar chances de progressão da doença.
Em casos graves, que não podem ser corrigidos somente com coletes ou exercícios, de todo modo, o tratamento pré e pós cirúrgico deve estar acompanhado de exercícios específicos para as curvaturas de cada paciente
Conclusão
E então, tudo certo sobre a escoliose idiopática da adolescência?
Essa condição é comum no desenvolvimento de milhares de crianças no Brasil, e um diagnóstico realizado logo nos primeiros sinais do quadro é um grande diferencial do tratamento, aumentando as chances de sucesso.
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