Durante o desenvolvimento inicial da criança, principalmente quando ela dá os primeiros passos, a atenção dos pais é essencial para identificar casos de criança com perna torta.
É claro que a estrutura física não fica próxima do ideal logo nos primeiros anos de vida, e os pais podem entender que é natural que as pernas do bebê fiquem um pouquinho desalinhadas – mas qual é o limite dessa normalidade?
Para ajudar você a entender tudo sobre esse assunto e tirar suas dúvidas, a equipe de especialistas da Let’s Clínica preparou um conteúdo completo e muito especial.
Confira abaixo as principais informações sobre casos de criança com perna torta, quais são os tipos de desvio mais comuns, e como proceder com o uso da fisioterapia.
Acompanhe até o final e boa leitura!
Criança com perna torta: qual o limite dentro da normalidade?
São comuns os casos de pais preocupados com o alinhamento das perninhas do seu filho nos primeiros anos de vida, levando à marcação de consultas e à necessidade de um suporte médico ou fisioterapêutico, que são absolutamente válidos.
Entretanto, para tranquilizar os responsáveis, é interessante informar até que ponto é apenas uma preocupação, e quando o caso realmente pode precisar de uma atenção a mais.
A criança passa por fase em seu processo de alinhamento dos membros inferiores: até os 2 anos, é normal que os joelhos fiquem mais afastados um do outro; dos 2 aos 7 anos, os joelhos tendem a se aproximar.
Quando o desvio não é considerado normal?
Os pais devem se atentar para os detalhes desse desenvolvimento estrutural, acompanhando de perto as mudanças que acontecem no corpo da criança.
É importante destacar que o alinhamento das pernas ocorre igualmente nos dois lados, devem ser sutis e não causar dores aos pequenos.
Se esse não for o caso do seu filho, é imprescindível procurar por assistência médica e fisioterapêutico.
Tipos de pernas tortas
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Apesar de a denominação popular ter se habituado ao termo “criança com perna torta” para designar esses casos, o correto é realizar a avaliação de angulações de membros inferiores, que engloba os seguintes tipos de anormalidades estruturais:
Joelhos varos
Também chamados de genu varo, esses casos são caracterizados pelas perninhas se posicionando em formato de “alicate”.
Os joelhos da criança ficam mais afastados um do outro, e os tornozelos se aproximam mais, dando um aspecto de pernas arqueadas.
Essa fase do desenvolvimento da criança é comum, e costuma ocorrer até os 2 anos.
Joelhos valgos
Já a partir dos 2 anos, até os 7 anos, a criança passa por uma gradativa mudança na sua estrutura corporal, que também é chamada pelos especialistas de genu valgo: as perninhas ficam em um formato similar ao de um “X”.
Isso porque os joelhos se aproximam e os tornozelos se afastam, preparando o corpo da criança para assumir a angulação considerada normal, logo após os 7 anos.
Ainda, algumas alterações torcionais também são avaliadas pelos fisioterapeutas infantis em um diagnóstico de angulação dos membros inferiores.
É o caso dos desvios de quadris: quando essa parte do corpo da criança apresenta uma rotação em relação ao plano do restante do fêmur e do joelho.
Essa condição ocorre para que parte do fêmur acompanhe a angulação da bacia – isso é conhecido como anteversão para os especialistas, e varia conforme a idade e gênero da criança.
Como identificar pernas tortas em criança?
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A linha entre a preocupação e a necessidade de um tratamento é muito tênue, e cabe aos pais se atentar para o desenvolvimento da criança, acompanhando as diversas fases e buscando apoio especializado.
A suspeita de uma angulação anormal vai além apenas do aspecto físico das perninhas da criança: geralmente, vem acompanhada de dores ou limitam as atividades do pequeno, que sente dificuldades para correr e brincar.
Além disso, alterações que sejam muito acentuadas, com um aspecto muito visível, e que ocorrem além da idade esperada, devem ser acompanhadas pelo fisioterapeuta infantil.
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O que causa a perna cambota? Tem cura?
O termo popular “perna cambota” nada mais é do que outra forma de denominar a condição dos joelhos varos, que conceituamos acima e que se trata de uma parte do desenvolvimento ósseo da criança.
Logo, não necessariamente caracteriza um caso de criança com perna torta que deve preocupar muito os pais.
Aqui, vale o olhar atento dos responsáveis pelo aspecto dos membros inferiores após os 2 anos, que é quando as pernas da criança começam a perder esse aspecto arqueado.
Mais uma vez, se após essa idade as pernas da criança continuarem inclinadas, ou então no caso da melhora ser visível em apenas um dos membros inferiores, é indicada a avaliação por meio de radiografias, e o tratamento com fisioterapia – em casos mais graves, cirurgias.
Criança e saúde: quando se preocupar e buscar tratamento?
No momento em que os pais perceberem que a angulação dos membros inferiores não é normal, é altamente recomendável que seja buscado o atendimento especializado.
Lembrando que cada criança tem o seu desenvolvimento de forma única, e que os pais devem estar atentos às fases dessa evolução: como citamos acima, os casos de joelhos varos podem se fazer presentes até os 2 anos, e os de joelhos valgos, até 7, sem que necessariamente seja permanente.
Se a criança ainda apresentar características que parecem anormais fora dessas idades, deve-se buscar tratamento.
Pernas tortas de bebê ou criança: como corrigir?
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Primeiro, deve-se buscar a avaliação de um especialista, que pode ser o pediatra ou o fisioterapeuta especializado no desenvolvimento infantil – como os profissionais da Let’s Clínica.
É a avaliação do especialista que indicará a necessidade de exames de imagem e que levam, posteriormente, ao tratamento ortopédico, quando necessário.
Lembrando que os pais não devem tirar nenhuma conclusão precipitada apenas pelo aspecto físico das pernas da criança, nem procurar diretamente por exames de raios-X para evitar diagnósticos errados.
O que fazer para endireitar pernas tortas na infância?
Um recurso comum antigamente era o uso das botinhas ortopédicas – que atualmente são raras, uma vez que a ciência trabalha para promover tratamentos menos invasivos às crianças.
A fisioterapia é a melhor e mais indicada opção: por meio de exercícios físicos e estímulo muscular, as práticas adotadas pelo fisioterapeuta infantil fortalecem os músculos da criança e, consequentemente, favorecem o alinhamento das pernas.
Além disso, esse tipo de tratamento trabalha o equilíbrio da criança e traz mais segurança ao andar.
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A importância da avaliação profissional para crianças com pernas tortas
Apenas os profissionais especializados no desenvolvimento infantil podem oferecer um diagnóstico preciso no caso de criança com perna torta, bem como direcionar ao tratamento adequado.
Diagnósticos precipitados e pesquisas sem embasamento apenas preocupam ainda mais os pais e ainda dificultam o acompanhamento preciso e ideal para cada quadro clínico.
Conclusão
Nem todo caso de criança com perna torta deve resultar em um tratamento complexo que chegue a demandar uma cirurgia, como descrevemos ao longo do artigo.
Cabe aos pais acompanhar de perto o desenvolvimento da criança, e buscar apoio especializado para tirar dúvidas e oferecer ao pequeno muito mais liberdade e qualidade de vida nessa fase tão importante.
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