Criança que anda na ponta do pé: tudo o que você precisa saber!

Depois da conquista de dar os primeiros passos, e adquirir autonomia e independência suficientes para se deslocar sozinha, uma parte das crianças acaba despertando uma preocupação nos pais: o que quer dizer uma criança que anda na ponta do pé?

Esse hábito é uma condição relativamente comum, que atinge uma parcela dos bebês que possuem pleno desenvolvimento neuropsicomotor.

No entanto, nem sempre essa normalidade significa que a criança está saudável: em alguns casos, esse hábito está relacionado a alguns déficits ou até quadros clínicos mais graves.

Então, como saber se meu filho está apenas passando por uma fase do desenvolvimento, e quando o andar na ponta dos pés demanda uma atenção especial?

Para solucionar essa e outras dúvidas, a equipe de especialistas da Let’s Clínica preparou um conteúdo especial sobre o tema: um guia completo para ajudar você a entender tudo sobre criança que anda na ponta do pé.

Acompanhe o artigo abaixo e boa leitura.

Criança que anda na ponta do pé: entenda as causas

É um problema crianças andarem na ponta dos pés?

Levar em consideração que as crianças estão em fase de desenvolvimento motor quando elas começam a apresentar esse hábito é fundamental para determinar se o caso precisa de assistência, ou se pode ser considerado apenas uma fase.

No entanto, se esse comportamento persiste após os dois anos de idade, o indicado é que se procure um especialista.

Isso acontece devido à imaturidade cerebral e, em muitos desses casos, a criança pode fazer parte de algum grupo que possui causas clínicas que afetam a coordenação motora, influenciando o andar.

São especificidades como:

  • hipersensibilidade tátil;
  • hiperatividade muscular;
  • desmodulação sensorial;
  • doenças neuromusculares;
  • Transtorno do Espectro Autista;
  • encurtamento do Tendão de Aquiles;
  • alteração no sistema nervoso central;
  • fatores idiopáticos, ou seja, sem causa definida.

O que é marcha em equino?

A marcha na ponta dos pés, também chamada de marcha em equino, é caracterizada pela persistência no caminhar feito com a ponta dos pés, em crianças após os dois anos.

A marcha equina pode ser advinda de diversos fatores; entre eles, podemos citar:

  • hábito;
  • hereditariedade;
  • origem neurogênica;
  • tendão aquiliano curto;
  • anomalia do músculo solear;
  • questões com o sistema nervoso central.

No entanto, é indicada que seja feita uma avaliação, para evitar complicações futuras e até para direcionar algumas soluções como fisioterapia, uso de calçado formativo, e afins.

Meu filho anda na ponta dos pés: e agora?

Criança que anda na ponta do pé: tudo o que você precisa saber!

Se o seu filho anda na ponta dos pés, e esse hábito, além de persistente, ainda atrapalha a autonomia da criança na hora de se locomover, ou até mesmo, na prática de atividades que envolvem o físico, é indicado que sejam tomadas algumas medidas.

1. Identificar os sinais

A primeira atitude sugerida aos pais é começar a perceber determinadas características apresentadas pela criança em momentos de atividades físicas e deslocamento.

São alguns dos sinais comuns apresentados pela criança além de caminhar na ponta do pé, que pode ser um caso de marcha equina idiopática:

  • sentar na postura de W;
  • sentar, com frequência, sobre os joelhos;
  • a criança tende a cair com maior frequência;
  • a criança costuma apresentar dificuldades na prática de esportes.

Apresentando dois ou mais destes sinais, é indicado que seja procurado um especialista.

2. Procurar um especialista

Apenas o profissional especialista vai poder direcionar providências de acordo com as particularidades e necessidades de cada criança.

Por isso, consultar um médico de confiança inicialmente ou então fazer uma avaliação com um fisioterapeuta infantil especializado em desenvolvimento é fundamental — e, quanto mais cedo, melhor.

Alguns dos especialistas que podem atender casos de criança que anda na ponta do pé são neurologistas, ortopedistas e fisioterapeutas especializados em fisioterapia infantil, como a equipe da Let’s Clínica.

Quais são as condições de saúde que podem estar relacionadas?

Ainda, o comportamento de andar na ponta dos pés, em crianças em fase de crescimento e desenvolvimento motor, pode ter relação com outras condições clínicas.

Em muitos casos, esse “andar diferente” pode ser um dos primeiros sinais que a criança apresenta de algum outro caso clínico que deve ser investigado.

Listamos os principais deles logo abaixo:

1. Distrofia muscular

A DMD, ou Distrofia Muscular Duchenne, é o tipo de distrofia muscular mais comum em crianças, acometendo, principalmente, meninos.

Esse caso é causado por uma doença genética progressiva advinda de mutações no gene humano responsável pela distrofina, a proteína fundamental da para a fibra muscular.

2. Transtorno do Espectro Autista (TEA)

Com alguma frequência, mas que não possui incidência diretamente relacionada, crianças dentro do espectro autista também podem andar na ponta dos pés.

No entanto, não é somente por ter esse comportamento que o caso em questão vai se tratar de TEA; assim como não é toda criança do espectro que terá dificuldades no caminhar.

Independentemente do caso, o diagnóstico é sempre o caminho mais indicado.

3. Tendão de Aquiles encurtado

Ainda, o andar na ponta dos pés pode estar relacionado ao encurtamento do Tendão de Aquiles, que pode, inclusive, variar de intensidade.

Aqui, a criança apresenta dificuldade na dorsiflexão do tornozelo, e caminha com dificuldade; em casos mais graves, pode até levar a deformidades rígidas que levam ao conhecido “pé equino”.

4. Paralisia cerebral

A criança que anda na ponta do pé, ainda, pode ter esse comportamento derivado de desordens mais graves do tônus muscular e do desenvolvimento, como a paralisia cerebral.

Nesses casos, a criança pode ser acometida por um dano na parte do cérebro que controla a função muscular.

Existe tratamento para a marcha equina?

Crianças que andam na ponta dos pés: é um problema?

Como mencionamos brevemente, tratamentos para o andar na ponta dos pés, quando identificado na infância, varia de acordo com a causa.

No entanto, o direcionamento mais comum é a fisioterapia, onde são realizados exercícios específicos para a correção do desequilíbrio muscular, além da equipe multiprofissiona lcomo a Terapia Ocupacional.

Ainda, a depender de cada quadro, e do direcionamento do especialista responsável, outras intervenções podem ser feitas, como o uso de órteses suropodálicas (órteses tornozelo-pé, para bloquear a colocação dos dedos antes do calcanhar) e a realização de gessos seriados.

A importância da fisioterapia no desenvolvimento infantil

Seja para o caso de criança que anda na ponta do pé, ou qualquer outra condição que implique o desenvolvimento motor, a fisioterapia é uma poderosa aliada em determinados casos clínicos.

A fisioterapia é um tratamento recomendado porque, em casos de marcha equina, a criança costuma sentir dor, que deixa o pequeno irritado e pode ocasionar consequências como:

  • lesões na coluna;
  • tensão na panturrilha;
  • encurtamento do tendão;
  • fraqueza nos músculos das pernas;
  • lesões futuras nos quadris e joelhos.

Ainda, a criança acaba sentindo muito mais dificuldades em tarefas básicas e que fazem parte do desenvolvimento na infância, como andar de bicicleta, correr e subir escadas, impactando diretamente a interação social.

A fisioterapia é o método de tratamento menos invasivo para reverter esse quadro, trabalhando a maturação do cérebro e a habilidade da marcha.

Por meio dela, a criança pode contar com maior independência e autonomia, além de aproveitar a infância de forma saudável — como acreditamos que deve ser.

A equipe da Let’s Clínica está preparada para acolher o seu pequeno e ajudá-lo a explorar o mundo com muito mais qualidade de vida: clique aqui para conhecer nosso trabalho.

Conclusão

No artigo de hoje, você conferiu o que pode significar a criança que anda na ponta do pé, e quais os tratamentos disponíveis, a depender de cada caso.
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